Mães criam espaço onde é possível trabalhar e cuidar dos filhos
Andrezza Czech
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
- Reinaldo Canato/UOLDa esq. para a dir., Carina com Clara (no colo) e Brigitte, e Fernanda com Lívia e Theo
Foi, então, que surgiu a ideia de criar a Casa de Viver, primeiro espaço de "coworking" (palavra em inglês que define um modelo de trabalho em que pessoas, que trabalham em diferentes funções e para variadas empresas, compartilham espaço e recursos de escritório) de São Paulo, no qual pais podem trabalhar ao lado dos filhos.
Em seu último dia de trabalho, no início de 2014, Carina descobriu que estava grávida de Clara, hoje com seis meses. "Passei o ano passado gestando minha filha e o projeto. Joguei a ideia em grupos de mães no Facebook e comecei a fazer reuniões e cafés com mães empreendedoras", conta.
Em um desses eventos, ela conheceu a psicóloga Fernanda Santiago Torres, 36, que havia deixado um emprego de 12 anos como administradora em uma agência de eventos para conseguir se dedicar mais à maternidade. Fernanda pediu demissão logo que sua filha, Lívia, hoje com cinco anos, completou um ano. "Quando ela nasceu, tive de desconstruir muita coisa dentro de mim. Aquela vida não me cabia mais", diz.
A solução foi abrir uma agência de eventos com a irmã e trabalhar em casa por um tempo, contando com a ajuda de uma babá até Lívia completar três anos e ir para a escola. "Em vários momentos, eu me questionei se era uma situação saudável", fala Fernanda. Quando ela descobriu estar grávida de Theo, hoje com dez meses, soube da iniciativa da Casa de Viver e logo começou a participar das reuniões. "Nessa época, trabalhava em um espaço de 'coworking' na minha agência, mas nunca tinha imaginado um lugar no qual meus filhos pudessem estar comigo."
O projeto se concretizou depois que Carina e Fernanda foram visitar a casa da Vila Mariana, bairro da zona sul de São Paulo, que hoje abriga a Casa de Viver. Nesse dia, conheceram outra interessada na iniciativa, a engenheira Thaty Garcia Annechini, 40, mãe de Luísa, 6, e de Danilo, 3. Do encontro, surgiu uma sociedade para começar o negócio e a ideia da campanha de financiamento coletivo para ajudar a mobiliar o espaço.
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