Um dos grandes desafios das empresas de micro e pequeno porte é destacar-se no mercado frente à acirrada concorrência com as grandes marcas. Estas, no ramo da beleza, antes concentradas nos grandes centros urbanos, estão chegando com força total em outras localidades do país. Especialmente no Nordeste, onde o consumo de cosméticos tem crescido vertiginosamente.
Diante disso, para prosperarem, as organizações menores precisam encontrar nichos onde possam obter melhores vantagens competitivas. A fabricação de cosméticos ecológicos é um desses nichos.
Conforme o estudo “Cosméticos à base de produtos naturais” realizado pela parceria Sebrae e Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em 2008, a existência de um ingrediente natural na fórmula não caracteriza o cosmético como um produto natural.
Para que os cosméticos sejam considerados naturais, devem ser seguidos rígidos padrões em seu processo de formulação, além de não conter qualquer ingrediente químico entre seus componentes – o que impede a utilização de conservantes nos produtos. É exatamente o não uso de conservantes que, ao encurtar o tempo de validade dos cosméticos, distancia as indústrias convencionais deste mercado de produtos ecológicos.
Com isso, empreendimentos voltados para o desenvolvimento de cooperativas sustentáveis se fortalecem nesse ambiente de negócios. O segmento, que hoje vivencia pleno crescimento, tende a permanecer nesse status nos próximos anos, uma vez que está alinhado com as demandas da sociedade por um mundo mais sustentável e economicamente justo.
Dados da pesquisa Barômetro da Biodiversidade 2013 feita pelo Instituto Ipsos, a pedido da União para o Biocomércio Ético (UEBT), em fevereiro deste ano, revelam que os consumidores estão cada vez mais atentos a temas sobre a conservação das espécies, conhecimentos tradicionais associados à natureza e ao comércio justo entre empresas e comunidades. Além disso, tendem a rejeitar as marcas que não respeitam os aspectos éticos relacionados à cadeia de fornecimento de ingredientes naturais, incluindo os direitos das comunidades.
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas em cada um dos seguintes países: Alemanha, Brasil, China, EUA, França e Reino Unido.
O fortalecimento do ambiente de negócios de uma fábrica de cosméticos ecológicos se mostra cada vez maior também pela diversidade ambiental que oportuniza produtos de ótima qualidade, tanto para a beleza quanto para a saúde.
Portanto, de um lado, estão os consumidores mostrando um comportamento cada vez mais consciente. De outro, as empresas do setor de beleza buscando oferecer produtos que sejam menos agressivos tanto para os consumidores finais quanto para os profissionais que os manipulam diariamente.
A consciência da necessidade de cuidar do planeta é atualmente uma ideia difundida em todas as classes sociais. Porém, é importante observar que, enquanto as grandes marcas estão apostando no consumo da Classe C devido ao aumento da renda, o maior consumo de cosméticos ecológicos está presente nas classes de maior renda, ainda por causa do valor de comercialização dos produtos.
http://www.sebraemercados.com.br/cosmeticos-ecologicos-um-nicho-para-pequenos-negocios/
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