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terça-feira, 9 de junho de 2015

A Importância da Gestão Estratégica para Empresas de Pequeno Porte

Uma ferramenta de mudança

A gestão estratégica é hoje um dos principais desafios de gestores em todas as organizações. O mercado está cada vez mais imprevisível e competitivo, aumentando a necessidade de um gerenciamento com foco numa gestão estratégica contínua. Para todo gestor que realmente deseja tornar-se um executivo de sucesso, é preciso começar a entender melhor como funciona a gestão estratégica, especialmente para o desenvolvimento das empresas de pequeno porte.
Vive-se num tempo de constante evolução, logo, as empresas não conseguem sobreviver no tão complexo mercado competitivo e globalizado, quando somente alguns dos gestores estão envolvidos na elaboração e implementação de estratégias. Para o desenvolvimento de qualquer organização, todos devem estar envolvidos no processo: gestores e colaboradores precisam entender a importância de conhecer e perceber a gestão estratégica como uma ferramenta de mudança com a finalidade de garantir o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações no mercado.

Em busca do caminho certo

O artigo em questão visa contribuir para um maior entendimento sobre a importância da gestão estratégica para empresas de pequeno porte, através de um levantamento teórico e relevante que aponta para a necessidade desse monitoramento contínuo da gestão para buscar o desenvolvimento e sobrevivência das organizações em questão.
Para identificar e classificar uma empresa de pequeno porte, é necessário compreender informações que são de grande importância para todos que desejam abrir uma empresa ou saber onde se encaixa sua organização.
As Microempresas (ME) são as empresas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240 mil, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPP) são aquelas com receita bruta anual superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2,4 milhões. (PORTAL NEWTON FREITAS)
Segundo o Portal Newton Freitas:
O Brasil conta com 4.918.370 empresas em atividade em 2002 (93,6%, micro; 5,6%, pequena; 0,5%, média; e 0,3%, grande), 99,2% das quais compõem o conjunto das micro e pequenas empresas. As microempresas empregam 36,2% das pessoas empregadas em empresas formais; as pequenas empresas, 21,0%; as médias empresas, 9,8%; e a grandes, 33,0% (Jornal do Senado, Brasília: Senado Federal, 13 nov. 2006, p. 4).
De acordo com a Veja (2004) “o ambiente para abrir, tocar e fechar empresas no Brasil é um dos mais sufocantes entre mais de uma centena de países pesquisados pelo Banco Mundial. Essa cultura antenegócios constitui um dos maiores entraves ao crescimento econômico do país.”
A gestão estratégica é um dos grandes desafios de gestores e empreendedores em todas as organizações. O espaço no mercado está cada vez mais competitivo por conta dos inúmeros e imprevisíveis fatores que atuam diariamente sobre ele, aumentando a necessidade de um gerenciamento com direcionamento em gestão estratégica contínua para sucesso dos negócios.
Segundo Tavares (2005, p. 50), esse conjunto de mutações tem incitado o pensamento sobre os formatos organizacionais mais sensíveis e adaptáveis. De maneira bem simples, pode-se dizer que a responsabilidade maior das empresas que adotam a gestão estratégica é desenvolver a capacidade de aprendizado envolvendo toda a organização.
Tavares (2005) complementa que a forma de construir o futuro depende das ações que se ampliam no presente. A gestão estratégica é, desse modo, uma referência. Serve para avaliar o presente e o futuro da empresa.
Para Kotler (1998) a organização de uma empresa incide de sua estrutura, política e cultural, que tendem a tornarem-se ultrapassados em um ambiente de negócios de mudanças simultâneas. Percebe-se que, enquanto a estrutura e as políticas podem ser mudadas com grandes dificuldades, é muito difícil isso ocorrer com a cultura da empresa. Contudo, mudar a cultura de uma empresa é, repetidamente, a chave para programar uma nova estratégia bem-sucedida para as organizações.
“A finalidade das estratégias é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas e ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos, metas e desafios estabelecidos.” (OLIVEIRA, 2007, p. 177).
Entrando no mérito da história, de acordo com Oliveira (2007, p. 177 apud STEINER, 1969, p. 237):
A palavra estratégia significa, literalmente, “arte do general”, derivando-se da palavra grega strategos, que significa, estritamente, general. Estratégia, na Grécia Antiga, significa aquilo que o general fez… Antes de Napoleão, estratégia significava a arte e a ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota. Na época de Napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos visando a melhores mudanças para vitória militar
Algumas pessoas confundem a Gestão Estratégica com o Planejamento Estratégico. Para melhor compreensão veremos agora suas definições e conceitos.
O Portal da Administração (2009) mostra que existe uma grande diferença entre Gestão Estratégica e Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico é um método gerencial que diz respeito à elaboração de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua efetivação, levando em conta as condições internas e externas da organização e sua evolução esperada. Já a Gestão Estratégica é uma técnica de acrescentar novas informações de reflexão e ação ordenada e continuada, a fim de analisar a posição, elaborar projetos de modificações estratégicas e acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Tudo isso é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas da empresa.
Existe hoje uma ferramenta chamada “Balanced Scorecard, criada por Robert Kaplan, professor de Harvard, e David Norton, consultor de empresas, no início da década de 90 é atualmente, um dos conceitos mais utilizados na gestão estratégica.” (3GEM GESTÃO ESTRATÉGICA 2005, P.4)
De acordo com a 3GEM Gestão Estratégica (2005) o BSC, por obter sua disposição a tradução da estratégia com os grandes objetivos da empresa, apontadores de desempenho, metas de longo prazo e projetos, tem sido implementado por empresas em todo o mundo, apoiando todo esse processo junto aos objetivos organizacionais.
Em resumo, a utilização do BSC na criação de um processo efetivo de gestão estratégica deve considerar levantamentos como:
• Entendimento, por todos, da estratégia e da visão de futuro da organização;
• Definição de responsabilidade pela estratégia, em todos os níveis da organização;
• Acompanhamento da implementação da estratégia;
• Análises sistemáticas acerca da implementação da estratégia e do alcance da visão de futuro;
• Comunicação sistemática da implementação da estratégia e das decisões tomadas;
• Realimentação do processo de concepção da estratégia com o aprendizado adquirido durante as etapas de gerenciamento da implantação da estratégia.
Desse modo, além de garantir análise contínua do desempenho estratégico da organização, a gestão estratégica fecha o ciclo entre o desenvolvimento de uma boa estratégia e sua ativa implementação.
Ao defender a importância da gestão estratégica para desenvolvimento das empresas de pequeno porte Rampersad (2008) afirma que quando esse processo ocorre, toda empresa aprende e passa por transformações comportamentais, uma mudança organizacional. Isso se reflete o comportamento da empresa. Esse método se aplica também ao conhecimento. É preciso aperfeiçoar o autoconhecimento antes que se possa adquirir o conhecimento do mundo.
Por isso é de máxima importância para todo gestor, e nesse caso principalmente para o gestor de empresas de pequeno porte, o conhecimento e aplicação da gestão estratégica contínua para que o seu negócio tenha um desenvolvimento de forma monitorada no competitivo mercado que nos encontramos hoje.
http://www.viniciuscouto.com/a-importancia-da-gestao-estrategica-para-empresas-de-pequeno-porte/

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