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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Podem sair do lixo, bons negócios.

Nove em cada dez empreendedores de São Paulo não têm a menor ideia do que é Logística Reversa (LR). Por isso, perdem bons negócios. A LR é o retorno do produto usado ao fabricante e o descarte ambientalmente correto. Essa prática virou lei com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS/2010) e já está em vigor. Na capital paulista, o empresário que não destinar adequadamente os resíduos perigosos à saú- de pública ou ao meio ambiente [veja quadro “Setores Afetados”], pode sofrer multas e outras punições.
 O automotivo é um dos setores afetados. “Oficinas mecânicas, por exemplo, precisam ficar atentas porque têm peças e embalagens contaminadas com óleos e graxa”, diz a consultora do Escritório Regional (ER) do Sebrae-SP Capital Oeste, Dòrli Martins. Para orientar o descarte, o Sebrae-SP – em parceria com o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa) – capacitou donos desses negócios e criou um selo verde do setor. De olho nessa demanda, surgiu, em 2009, a paulistana Ecopalace, centro de captação, separação e destinação de resíduos e sucatas de oficinas. “É uma área em expansão, tanto pela nova legislação como pela exigência maior dos clientes”, afirma um dos sócios da empresa de pequeno porte (EPP), Gustavo Valente Pires. A comprova- ção está na carteira de clientes: os 70 iniciais passaram a 240, entre reparadoras, indústrias, lojas de autopeças e Ecopalace de Gustavo Valente Pires começou com 70 clientes e, hoje, conta com 240, entre reparadoras, indústrias, lojas e seguradoras Bons negócios podem sair do lixo Enquanto boa parte dos empreendedores não sabe do que se trata, a Logística Reversa já é realidade lucrativa para uma parcela de micro e pequenas empresas N estímulo para criar e desenvolver cursos para jovens aprendizes O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), Guilherme Afif Domingos, e o ministro da Educação (MEC), Cid Gomes, assinaram convênio que irá criar e desenvolver cursos de formação e qualificação para jovens aprendizes. O acordo prevê também capacitação em gestão de negócios de Microempreendedores Individuais (MEIs). O Pronatec Aprendiz será implementado em todo o País ainda neste ano. Com o acesso ao programa, as micro e pequenas empresas poderão contratar jovens trabalhadores e ajudá-los a entrar no mercado de trabalho. Foto: Ciete Silvério seguradoras.

 “A Logística Reversa aumentou a demanda, mas ainda é difí- cil convencer o dono da empresa a pagar pela destinação dos resíduos”, diz Pires, que contou com consultorias do Sebrae-SP para a criação da Ecopalace. Para as oficinas, a adequação ambiental pode render frutos imediatos. “Minha loja é 100% sustentável e o faturamento cresce de 2,5% a 3% ao mês”, destaca a sócia do Autoelétrico Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, Vanessa Martins. Em cada canto da microempresa (ME) paulistana, o rigor ecológico: eliminação correta de óleo e graxa e ênfase na reciclagem – dos móveis feitos com pneus às camisetas dos mecânicos, cuja trama inclui plástico PET. Mesmo sem colher os resultados diretamente no caixa, a Scopino Pe- ças e Serviços Automotivos contrata terceiros para serviços de coleta de óleo de motor, embalagens e lavagem

externa dos uniformes e panos usados pelos mecânicos. “As pessoas ainda não compram a sustentabilidade das oficinas. A questão principal continua sendo a confiança, mas, com o tempo, acredito que isso mudará”, ressalta o diretor da empresa, Pedro Luiz Scopino. Obrigações para uns, a LR rende oportunidades de negócio para outros. “Tenho visto muitas micro e pequenas empresas crescendo forte nesse mercado porque dificilmente a grande abrirá departamento para trabalhar a destinação correta, ela vai terceirizar. A Logística Reversa é uma das áreas mais destinadas à terceirização”, diz o professor do Mackenzie e presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), Paulo Roberto Leite. “A tendência de mercado é que a pequena atue na função completa: coleta, separação, venda, destinação e certificação final, tendo a reciclagem como fonte de renda adicional”, afirma o coordenador do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Estácio-Uniceb, em Ribeirão Preto, e sócio-diretor da LCM Inovação & Sustentabilidade, Américo Guelere Filho.
http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/noticias/jornal_negocios/253/JN_253_SaoCarlos.pdf

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