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terça-feira, 19 de maio de 2015

O que leva um salão de beleza à falência?

Diversos fatores determinam o fracasso nesse empreendimento, que não consegue se manter no mercado contando apenas com excelentes profissionais.

O que leva um salão de beleza à falência? Pela minha experiência como consultor e pelas minhas observações ao longo de minha carreira profissional, essa pergunta dificilmente recebe uma resposta exata. Experimente indagar a um cabeleireiro, ou um empresário frustrado do ramo da beleza, qual o motivo de sua ruína. Você ouvirá um discurso interminável e, ao final, estará com a cabeça mais confusa do que nunca.

Pois então, por que muitos salões fecham? Por que muitos cabeleireiros ou empresários da beleza começam um negócio e em pouco tempo estão fechando, ou passando por sérias dificuldades? 

Na maioria das vezes em que um dono de salão de beleza recorre a um consultor externo, pois sentiu necessidade de ajuda, é por ter passado por diversas dificuldades e ter feito várias ações sozinho, na tentativa de reavivar o salão, só que ficou cada vez pior. E o sinal de alerta geralmente é a falta de recursos financeiros, ou mesmo uma alarmante dívida que não pára de crescer e sufoca cada vez mais.

Hoje em dia, tenho visto várias pessoas iniciar um salão de beleza porque recebeu uma indenização quando saiu de seu emprego e quer investir em algo por não querer ser empregado novamente. Cabeleireiros, que após um bom período como empregado e que tenham adquirido experiência em sua profissão, no momento seguinte a ter inaugurado o seu salão para prestar os serviços, não saberá vender, controlar, pagar, receber, lidar com situações fiscais, de mercado e muito menos terá experiência para lidar com as adversidades quando estas começarem. Muitas vezes, estavam ganhando até mais como empregado.

Em outras palavras, conhecer bem a profissão de cabeleireiro é muito diferente de administrar o próprio salão.

OS SETE PECADOS CAPITAIS

1. Querer entrar no mercado sem conhecimento sobre funcionamento, legislação, contratação, administração da equipe e pouca preocupação com o cliente.
2. Encarar a vida de empresário da beleza como um hobby e dedicar-lhe apenas as horas vagas – Estar pela manhã e retornar somente no final do dia.
3. Localização do ponto e aluguel – Estima-se em 10% do faturamento o valor máximo do aluguel.
4. Estoques, o calcanhar-de-aquiles – Não saber administrar produtos, não evitar o desperdício. Atualmente manter um pequeno estoque é uma tendência cada vez maior.
5. Investimento incompatível e falta de capital de giro, por exemplo, pois o tempo de retorno é superior a três anos. Tem que haver uma capitalização que permita ao salão operar no vermelho por algum tempo.
6. Não controlar despesas, e não gerenciar o fluxo de caixa.
7. Não formalizar a relação com os colaboradores. Ficar vulnerável a reclamações trabalhistas.

PARA NÃO FRACASSAR

Se você já atuou no ramo de “Salão de Beleza”, como empresário ou como empregado, não pense que sabe tudo. Visite o maior número possível de salões, converse com os proprietários e cabeleireiros, troquem idéias, confira as diferentes percepções sobre o mercado, sobre dificuldades etc... É normal pensar que fazer amizades ou interagir com cabeleireiros é difícil, pois estes não darão informações sobre as características do negócio para um futuro concorrente. Não é verdade! As pessoas gostam de trocar idéias e falar das dificuldades, basta que seja franco na conversa, se apresentando e explicando sua situação. Para começar, busque salões em bairros distantes ou até mesmo cidades vizinhas, pois assim ninguém se sentirá ameaçado.
http://revistacabeleireiros.com/materia/o-que-leva-um-salao-de-beleza-a-falencia/14

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