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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Paraibano inova e abre fábrica de cerveja artesanal e pub

 Agência Sebrae de Notícias

Empresário Morise Gusmão Neto
Quando morou por muitos anos nos Estados Unidos, o empresário Morise Gusmão Neto criou um hábito de apreciar cervejas artesanais e se tornou um apaixonado pela bebida. A gelada de origem alemã passou a ser o foco de toda a sua preparação profissional. Gusmão investiu em diversos cursos até tornar-se um mestre cervejeiro, aquele que assina as fórmulas dos tipos de cerveja e chopp, seleciona a matéria-prima e acompanha passo a passo o processo de produção.

Ao voltar para a cidade de João Pessoa (PB), Gusmão percebeu que em bares e até nos restaurantes mais requintados só circulavam nas mesas as marcas massivas e industrializadas, de pouca qualidade e quase nenhum sabor. Ele identificou uma oportunidade de negócio: produzir cervejas especiais para um público especial e exigente. Estava lançado o desafio, pois a empresa iria não somente trabalhar na produção de cerveja, mas sim modificar uma cultura inteira de apreciadores da bebida que somente tinham acesso às marcas industriais.

Consciente e confiante da qualidade e sabor do seu produto, em janeiro de 2010 a Norden instalou sua pequena fábrica na BR 230, na cidade de Cabedelo. Com capacidade para produzir até cem mil litros por mês, o empresário inicialmente focou seu produto na fabricação de um único tipo de chopp e suas vendas eram feitas no atacado, comandadas pelos pedidos delivery.

Após quase um ano de produção, a estratégia não atendeu às expectativas do empresário, que logo arrumou as malas e voltou aos EUA para visitar outras dezenas de modelos de negócio semelhantes à Norden. Em cinco meses de peregrinação, Gusmão tinha a reformulação da empresa nas mãos e uma ideia inovadora na cabeça. A pequena indústria passaria a abrigar um pub em suas dependências.

As vendas passaram a ser no varejo (mantendo o serviço de delivery) e o mestre cervejeiro criou mais cinco tipos de chopp, que possuem teor alcoólico entre 4,5% e 10%, e sabores que agradam a todos os paladares. Para o bar foi criada uma decoração rústica e aconchegante, que tem seu espaço separado da fábrica por um grande painel de vidro fornecendo uma vista privilegiada para os tanques de produção, conferindo uma experiência totalmente diferenciada aos apreciadores da bebida. Foram associados à degustação da cerveja artesanal petiscos produzidos na cozinha do estabelecimento e o empresário investe em pequenos shows de bandas alternativas, na disponibilização de sinucas e na exibição de jogos.

Para iniciar o negócio, o empresário revela que é preciso um investimento superior à R$ 100 mil. Deve-se ter uma logística bem amarrada, já que os produtos são importados e o negócio controla toda a cadeia, menos a produção da matéria-prima. O empresário revela que é necessário sempre investir em consultorias com outros mestres cervejeiros para aperfeiçoar as fórmulas. A equipe da Norden é composta por um ajudante de produção, cinco garçons (que trabalham com contratos temporários), um gerente e um caixa, além do empresário que toca a parte administrativa e é o mestre cervejeiro que comanda toda a fabricação.

O público dos apreciadores da cerveja artesanal é composto por homens e mulheres, de forma equilibrada, e o negócio cresce em média de 20% a 30% ao ano. Ainda este ano, a empresa deverá envasar a cerveja, comercializando assim seu produto em outros estabelecimentos. A longo prazo, a Norden investirá em ser franqueador de quiosques e bares, além de formatar outras unidades próprias dentro da capital.
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0

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