Em grande parte das vezes, a inovação nasce da necessidade. O Pensando Grande já falou por aqui sobre a importância da inovação para sobreviver na área de atuação. Mas e quando essa demanda é reprimida? Ou quando uma empresa traz tendências de fora e melhora o formato e experiência de compra?
Foi pensando nisso que o empreendedor Carlos Eduardo Budin junto com seu sócio-investidor Eloi Sinji Nomura fundaram a ePelícula, um e-commerce de películas de vidro decorativas e funcionais, que inclui opções de controle solar e segurança privada, entre outras especialidades. A empresa é um braço do grupo Budin, com foco em importação e exportação.
Em um mercado de nicho, não é surpresa que o empreendedorismo de Carlos Eduardo tenha surgido de seu pai, Gilberto Budin, que já era ‘dono do seu próprio nariz’ há anos. “Minha trajetória [de empreendedor] se confunde um pouco com a da empresa em si, pois trabalho no grupo Budin desde os meus 14 anos. Comecei trabalhando com meu pai em uma empresa familiar”, comenta o empresário, explicando como foi parar no ramo de aplicação de películas. A empresa de seu pai, Budin Associados já trabalhava no setor com linhas diversificadas de produtos, que, ao longo dos anos, envolveram equipamentos médicos, tintas especiais, calçados, peças automotivas e películas.
No início, até pela demanda brasileira, as películas da empresa tinham foco em veículos (o popular “Insufilm”, que, na verdade, é uma marca de películas automotivas). Com o tempo, a organização começou a adentrar na arquitetura, se especializar e entregar outros tipos do produto, tanto para empresas como para clientes finais. “No exterior, a busca pelo produto é mais comum até pela necessidade de redução de energia elétrica em edifícios comerciais”, explica Budin.
Assim, a empresa se especializou em importação e distribuição de películas de controle solar, que, depois, se desmembraram em decoração e segurança privada. Ao trazer algo utilizado lá fora, Gilberto já estava na vanguarda do negócio, antecipando uma tendência no Brasil. Assim, existia uma demanda reprimida no país, na qual o cliente ainda não sabia que o produto era algo útil e que estava disponível para compra.Um modelo de negócios chamado inovação
No entanto, com o tempo, outros players entraram no mercado e foi necessário se fazer a pergunta: como inovar em um mercado de nicho? Depois da morte de Gilberto, Carlos Eduardo comprou a parte de seus irmãos e a Budin Associados deixou de ser uma empresa familiar.
Com uma concorrência crescendo no mercado de películas automotivas, a organização precisava de novas opções de comercialização. Antenado com as tendências, em 2010, o empreendedor foi procurar o CEO da empresa de venda de flores pela internet Giuliana Flores, Clóvis Souza, para sondar e analisar “possíveis caminhos” no comércio eletrônico. “Buscava montar um negócio que pudesse aproveitar o conhecimento que eu já tinha e transformar esse conhecimento em algo bacana, que envolvesse outras empresas, outras cidades e outros Estados”, afirma Budin. E o comércio eletrônico era uma opção para as barreiras geográficas.
Buscando mais conhecimento técnico com cursos, a ideia foi matutada por cerca de um ano. O novo modelo de negócio acabou refletindo os valores da empresa de comprometimento, transparência, simplicidade e foco no colaborador. Hoje, a ePelícula vende produtos com frete e instalação gratuita nas capitais e principais cidades brasileiras, por meio de uma rede de instaladores credenciados. Já a loja virtual foi projetada para ser dinâmica e facilitar a experiência de compra
http://www.pensandogrande.com.br/caso-de-sucesso-como-o-e-commerce-trouxe-inovacao-para-uma-empresa-de-nicho/
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