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Juatuba é um pequeno município de 22 mil habitantes, da região metropolitana de Belo Horizonte. Cerca de um terço do setor econômico da cidade vem do comércio e serviços. Mas, as pequenas empresas enfrentam problemas de preparo profissional.
A chegada de dois shoppings na região preocupou os comerciantes de Juatuba. Para não perder clientes nem funcionários, eles participaram de um projeto para melhorar a gestão dos negócios.
O Sebrae criou o projeto “Desenvolvimento Empresarial do Comércio de Juatuba” para fortalecer os pequenos negócios.
A empresa de Miriam Alves foi a que sofreu a mudança mais radical dos 17 negócios que participaram do projeto. Ela transformou o salão de beleza de bairro em um centro de estética na área comercial da cidade. O sucesso foi tanto que Miriam Alves deixou de ser professora para se dedicar só ao empreendimento.
“O meu salão hoje é três vezes maior que o antigo. Antigamente os meus clientes tinham que percorrer a rodovia para poder chegar ao meu salão e hoje eu estou perto deles. E estamos crescendo cada vez mais”, disse a empresária Miriam Alves.
A troca de ponto ocorreu depois de uma pesquisa de mercado do Sebrae. Além disso, a empresária contratou uma recepcionista, porque as clientes triplicaram.
“Hoje fica mais acessível. Eu saio do meu trabalho, já venho para cá. Posso conciliar a questão dos horários. Então, fica bem mais fácil”, afirmou.
A dona do negócio também melhorou o visual do salão de beleza, deixou o espaço mais aconchegante para as clientes e também agregou serviços. Um deles foi a parceria com uma esteticista. O salão começou a oferecer tratamentos como limpeza de pele e drenagem linfática.
Miriam, que antes trabalhava sozinha, agora conta com a ajuda de mais seis profissionais. Ela também passou a investir em serviços mais lucrativos para o salão de beleza, como a produção de noivas, por exemplo.
O tratamento é completo. A cliente faz o cabelo, a maquiagem e sai do salão direto para a igreja. O serviço custa até R$ 1200. Mais de 10 noivas são atendidas por mês.
“Ela não tinha essa visão antes do programa do Sebrae. A partir daí ela passou a ver quais são os serviços mais rentáveis e aqueles serviços que eles nem sempre são rentáveis, mas é importante que o salão tenha”, disse Denise Duarte, do Sebrae Belo Horizonte.
O faturamento do negócio da empresária Miriam Alves disparou: passou de R$ 4.000 para R$ 30 mil por mês. “A semana toda, o salão está cheio. Antigamente, no meu salão menor, era mais fim de semana, hoje não, hoje de terça a sábado o salão é lotado.”
Uma academia de musculação participa do projeto desde o ano passado. Ela é uma das 17 empresas de Juatuba atendidas pela ação do Sebrae.
“Eles estão muito próximos às cidades grandes como Belo Horizonte, Betim, Contagem. Então é importante que eles também andem de acordo com o mercado. Então, o comércio, os serviços, eles também têm que inovar nos seus processos”, disse Denise Duarte, do Sebrae Belo Horizonte.
A fisioterapeuta Taís Kemp é a dona da academia. A empresária tinha dificuldades em fechar as contas do mês e estava sempre no vermelho.
“Eu comecei a fazer fluxo de caixa. Hoje eu tenho o meu salário, o meu pró-labore, que eu não tinha. Hoje, eu sei para onde o dinheiro está indo, eu sei cada centavo para onde foi - se foi para o banco, quanto eu tenho de fluxo, quando eu tenho pra investir no futuro”, disse Taís.
A empresária Taís Kemp aproveitou o espaço amplo para conseguir renda extra. Para equilibrar as finanças da empresa, a solução foi locar as salas, que estavam ociosas. Assim a academia ganhou mais modalidades e os lucros aumentaram.
Agora tem, também, aulas de pilates, spinning e até tratamentos estéticos. “Além disso, eu tenho ainda uma nutricionista, uma acupunturista e uma psicóloga, que também alugam as salas lá embaixo e me dão porcentagens do valor que elas arrecadam”, disse Taís.
Após o projeto do Sebrae, a empresária Taís Kemp também buscou formas de fidelizar os clientes. Ela motiva o aluno a treinar o ano todo e oferece descontos para trazer de volta quem desiste.
Intensificar o acompanhamento individual foi peça chave para o crescimento da empresa. Agora, os professores ajudam mais os alunos e dão até dicas de alimentação saudável. Quatrocentas e cinquenta pessoas frequentam a academia e o faturamento do negócio é de cerca de R$ 30 mil por mês.
“Está dando quase 100% de receita a mais do que eu tinha no ano passado”, afirmou Taís.
http://www.salaodebelezaecia.com.br/?InCdSecao=2&InCdEditoria=1&InCdMateria=420&pagina=
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