O mundo econômico e corporativo mudou radicalmente
na última década e é cada vez mais necessário diferenciar-se - e a Inovação é
fundamental para que as empresas se coloquem no mercado de forma única, façam o
que ninguém faz e busquem constantemente por novas diferenças.
Aqui surge uma questão: é possível a uma empresa
ser diferente se sua cultura não valoriza a diferença? Ora, se a cultura é a
soma de crenças e comportamentos das pessoas que a compõem, a pergunta passa a
ser: e você, caro leitor, valoriza a diferença, a sua e a dos outros?
Pessoas que fazem a diferença são fundamentais,
hoje e cada vez mais. São elas que apontam novos caminhos, que criam e propõem
soluções, e que arejam o ambiente de trabalho. Não é à toa que toda a
literatura sobre inovação aponta que grupos com maior diversidade são mais
alegres, descontraídos, criativos e, sobretudo, mais inovadores.
Esse raciocínio, que liga ambientes alegres e
criativos ao sucesso econômico, já passou por aqui, no Inovar 2: “mais que
status, a inovação facilita a vida, dá mais conforto e condições para as
pessoas se divertirem mais, aumenta a produtividade e a inclusão social”. E
quem não vive melhor e mais feliz com isso tudo?
Muito a propósito, em recente entrevista (na Veja
2448, de 21/10/2015), Edmund Phelps, Nobel de economia em 2006, comentou sobre
o período em que os Estados Unidos, como declarou o presidente Abrahan Lincoln,
eram um país tomado pelo “furor da novidade”. “Naquele período da História,
que foi um dos mais extraordinários do ponto de vista do crescimento econômico,
a alegria de criar, de empreender e assumir riscos era vista como um caminho
para uma vida plena.”
Perguntado se a educação científica é o ponto de
partida para isso, Phelps discorda: “o mais importante é expor os jovens à
história humana de exploração e inovação. Devemos valorizar os grandes nomes do
Renascimento, a expressividade dos românticos, a rejeição às normas dos
modernistas. Todo país precisa de gente envolvida com ciência, engenharia,
matemática e computação. Mas nem toda inovação vem dessas áreas. Na verdade, um
espírito de inovação dificilmente será forjado somente com essa dieta... Meu
conceito de inovação tem a ver com gente comum. É uma inovação que vem da base.”
Para concluir, parece haver consenso sobre a
importância da diversidade para a inovação e desta para o bem das pessoas,
empresas, sociedades e países. A única questão não resolvida parece ser um
dilema semelhante ao do ovo e da galinha e que tem a mesma importância que
esta, ou seja, nenhuma: É a inovação que gera felicidade ou a felicidade que
gera inovação?
FAÇA SEU COMENTÁRIO DE SUA OPINIÃO/AVALIAÇÃO ELA É IMPORTANTE PARA NÓS.
Revista Inovar 012-Correios.
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