NÃO TENHA MEDO DE INVESTIR EM INOVAÇÃO

Empresas que inovam tem a maior fatia de mercado e mais facilidade para conseguir crédito

Ninguém em sã consciência duvida da eficácia da inovação para a sobrevivência e evolução da pequena empresa. Então, por que as pequenas empresas ainda investem tão pouco em inovação? O que impede passar da consciência da necessidade de inovar para a ação de inovar?

Respostas difíceis... ou nem tanto.

“Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na realidade o maior elogio que uma inovação pode receber e ter alguém que diga: “mas é óbvio! Por que não pensei nisto antes? ”.

A frase de Peter Drucker, guru máximo do pensamento empresarial, é um antídoto eficaz para quem pensa que inovação é cara, tecnológica, inacessível.

Inovação é antes de tudo um estado de espírito ou cultura ou comportamento (escolha de acordo com sua crença) que se instala na empresa. Ela vem antes de máquinas e técnicas embora muitas vezes dependa delas. Mas é a inovação quem vai dar sentido e relevância para tudo o que é feito na empresa: normas, produtos, controles, relações trabalhistas, comerciais e pessoais.

Como tornar minha empresa inovadora?

Esta foi a pergunta que o especialista em gestão da inovação, Luiz Gentile, ouviu do dono de uma pequena indústria farmacêutica do interior de São Paulo.

A primeira observação do consultor foi que a empresa era inovadora da ideia de negócio à localização e controles de processos. A questão que se colocava era como a empresa poderia ser inovadora permanentemente, de forma a não perecer num mercado competitivo e globalizado, como o de medicamentos e suplementos vitamínicos?

“Para a empresa crescer, evoluir e sobreviver, ela precisa enfrentar os desafios da concorrência. Mesmo para uma empresa industrial, com foco regional, a globalização se torna parte de sua rotina a partir do momento que um concorrente, em qualquer lugar do mundo, passa a disputar clientes em seu próprio mercado. Portanto, a redução de custos, por si só, não é mais suficiente. Para que a empresa sobreviva e evolua, a inovação é que pode trazer mais valor aos seus produtos e processos ”.

Após esta observação, Luiz Gentile listou uma série de ações necessárias para criar um esforço permanente e coletivo de inovação na empresa baseadas:

• Criar diretrizes, estratégias, sistemáticas, procedimentos e ferramentas da Inovação
• Criar um grupo de pessoas para gerir este esforço da Inovação – Comitê da inovação!
• Criar canais para captar ideias sobre inovações junto a Clientes, funcionários, fornecedores e a sociedade
• Criar mecanismos para selecionar estas ideias, aproveitando as que oferecerem maiores potenciais de impacto na competitividade empresarial
• Dispor de ferramentas de incentivo à inovação, tais como: criatividade, disseminação de informações, treinamento e atualização contínua e reconhecimento e recompensa
• Criar sistemáticas para selecionar e acessar os recursos necessários para implementar as inovações
• Criar estrutura de projeto para assegurar que a inovações serão implementadas;
• Monitorar, através de indicadores a implantação da inovação
• Monitorar os impactos da inovação no faturamento, rentabilidade, participação no mercado e outros indicadores do setor
• Fazer a gestão da inovação relacionando todas as informações geradas no processo.
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Recursos Externos

“Muito bom, muito bem”, disse o empresário. “Eu tenho coragem para arriscar e posso mobilizar meus recursos internos para implantar a gestão da inovação de forma permanente, mas e o dinheiro para investir?

O consultor Gentile mostrou que existem no Brasil linhas de crédito e fundos de investimento para apoiar a inovação. Disse inclusive que empresas que inovam tem mais chances de acessar linhas de crédito, desde que apresentem um bom projeto e, se possível um plano piloto.

Com orientação do Sebrae, o empresário encontrou uma linha de crédito adequada para investir em inovação.

http://www.papodeespecialistas.sebrae.com.br/nao-tenha-medo-de-investir-em-inovacao/