“O brasileiro não é exatamente inovador, no sentido estrito da palavra, porque em geral não altera estruturas nem processos”, diz a especialista. “Por outro lado, tem uma espécie de criatividade adaptativa, isto é, esbanja jogo de cintura e ‘jeitinho’ diante de adversidades”.
Na prática, o nervosismo dos gestores e o medo de errar inibem soluções que poderiam ser a salvação do negócio. Mas, você pode estar se perguntando, seria possível driblar esses obstáculos e usar a imaginação na crise? Veja a seguir 4 respostas sugeridas pelas especialistas:
1. Defenda-se do desânimo dos outros
Segundo Gisela, é preciso lutar para não se contaminar pela melancolia geral – ou você acabará sem energia para criar.
“Para se manter positivo, tente se cercar de pessoas jovens, otimistas, que ainda têm gás para trabalhar”, recomenda a especialista. Também é importante investir em lazer e alimentar o seu ânimo com pequenos prazeres cotidianos.
2. Busque movimento
Válida mesmo em tempos de calmaria econômica, esta dica é especialmente pertinente durante a crise. Sua cabeça está começando a se repetir? Mude de posição ou saia do recinto em que você está.
Além de relaxar os músculos, movimentar o corpo ajuda a desprogramar um raciocínio viciado. “Vá para o lado de fora, tome ar e só então volte a pensar”, aconselha Gisela.
3. Olhe para fora
Fazer benchmarking é importante, mas também é essencial observar as práticas de outros setores para se inspirar. De acordo com Adriana, a multidisciplinaridade é um ingrediente básico da inovação.
Trabalha com automóveis? Discuta sobre seus problemas com quem trabalha com cosméticos.
BUSCAR REFERÊNCIAS “ESTRANHAS” AO SEU MUNDO PODE SER UM IMPULSO PRECIOSO PARA A CRIATIVIDADE QUANDO TODAS AS FÓRMULAS DA SUA ÁREA PARECEM JÁ TER SIDO TESTADAS.
4. Faça parcerias
Você não precisa inventar todas as soluções sozinho. Segundo Adriana, a criatividade muitas vezes nasce do trabalho colaborativo, em rede.
“Em vez de se isolar em busca de uma ‘grande ideia’, procure a ajuda de seus colegas de trabalho e pares do mercado”, orienta a consultora. “De uma conversa informal, pode surgir uma solução surpreendentemente inovadora”.
Artigo originalmente publicado em Exame.com
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