Independentemente do porte ou da área de atuação do negócio, um dos maiores
desafios da gestão é manter a saúde financeira em dia. Inadimplência de clientes, descontrole no fluxo de caixa e, muitas vezes, até falta de experiência administrativa são alguns dos fatores que contribuem para o surgimento de dívidas na empresa.
Nesse cenário, sem conseguir planejar os próximos passos, o gestor falha em proporcionar crescimento, o que é simplesmente essencial para qualquer tipo de negócio! Por essas e outras é que, ao menor sinal de desequilíbrio financeiro, a administração deve correr atrás de soluções para os problemas, não deixando que as dívidas tomem proporções maiores.
Pensando em quem tem dúvidas sobre como agir nessas situações, listamos aqui algumas dicas práticas para ajudar gestores e empreendedores a enfrentarem as dívidas nas empresas da melhor maneira possível. Confira!
Relacione todas as dívidas corporativas
A primeira atitude a tomar é relacionar tudo o que está em atraso com o intuito de conhecer valores e juros que estão sendo pagos, além de prazos que ainda podem ser explorados. Essa análise inicial é fundamental para os próximos passos, uma vez que, sem saber exatamente o que é preciso pagar e quem são os credores, não tem como tentar renegociações.
É importante também que todos os setores da empresa estejam integrados. Assim, a análise da situação financeira será infinitamente mais eficiente. Lembrando que os números de todos os departamentos precisam estar sempre atualizados, mesmo quando não há sinal de problemas com as finanças.
E saiba: tanto o acompanhamento como a integração entre os setores podem ser mais facilmente gerenciados com o uso de softwares e programas específicos para empresas. O investimento nessas soluções tecnológicas garante maior eficiência no dia a dia e facilidade para controlar toda a movimentação de recursos.
Tente renegociar com os credores
Independentemente da situação das dívidas, sempre vale a pena entrar em contato com fornecedores e demais credores para tentar uma renegociação. O ideal é encontrar prazos mais flexíveis para que a empresa consiga se reorganizar e ir quitando seus compromissos de acordo com o orçamento.
Mas atenção: por mais que alguns gestores prefiram recorrer a alternativas de créditos e empréstimos para quitar as dívidas corporativas, é preciso lembrar que essas soluções significam novas dívidas. E, muitas vezes, os juros do mercado não compensam. Tenha sempre em mente que a meta é acabar com as dívidas e não contrair novas!
Normalmente, os credores são flexíveis quando percebem que a empresa está passando por momentos de dificuldades. Sem contar que, para eles, é muito mais interessante que as dívidas sejam quitadas, mesmo que em um prazo maior que o esperado, do que não serem renegociadas de forma alguma.
Outra medida que costuma ajudar bastante nessa fase é identificar o
faturamento real da empresa, já descontando os custos. Sabendo qual é o lucro real, fica muito mais fácil calcular em quanto tempo as dívidas poderão ser pagas, conhecendo assim o prazo para que tudo volte ao normal.
Identifique as causas do problema
Considerando que as dívidas e os compromissos atrasados já são realidade na empresa, pense: você sabe quais foram os caminhos que levaram o negócio a essa situação? Saiba: identificar os motivos do problema é tão importante quanto buscar soluções para saná-lo. Esse diagnóstico ajudará a combater falhas de gestão e até mesmo a diminuir riscos de problemas futuros.
Seja criterioso na análise, mapeando todos os processos e as movimentações financeiras do negócio. A partir disso, será possível fazer um planejamento mais coerente com a empresa, que atenda a suas necessidades específicas. No fim das contas, portanto, é necessário não apenas encontrar as causas dos problemas, mas garantir que eles não afetarão negativamente os negócios em períodos futuros.
Organize a movimentação dos recursos
Um erro muito comum quando a empresa está endividada é o gestor buscar por soluções que aparentemente são mais fáceis, enquanto se esquece de organizar as finanças e combater a fonte do problema.
Um negócio que não se responsabiliza pelo controle do fluxo de caixa, por exemplo, eventualmente terá sérios problemas financeiros. Para fazer esse controle de recursos de maneira eficiente, é preciso registrar todas as movimentações financeiras, incluindo tanto entradas quanto saídas de recursos.
E esse registro não deve ser apenas dos valores maiores, mas de todos eles, mesmo que sejam considerados pequenos, combinado? O ideal é verificar as movimentações diariamente para saber quais são os maiores gastos da empresa e também o que mais resulta em entrada de recursos.
Com esse controle, será possível planejar e gerenciar melhor o estoque, que também significa capital, além de pensar em estratégias a médio e longo prazos para a empresa. Novamente, para essa função, vale a pena investir em recursos tecnológicos para um controle mais preciso e otimizado.
Diminua os gastos do negócio
Essa pode até parecer uma dica óbvia, mas vale a pena reforçar: não se deve apenas encontrar os motivos dos problemas e pagar as dívidas. Lembre-se: sempre que há chances de diminuir custos e gastos, isso deve ser feito em prol da saúde financeira da empresa.
Após relacionar todas as dívidas, renegociar com fornecedores e credores, além de começar a acompanhar de perto o fluxo de caixa, é preciso definir o que é prioridade de gastos e o que pode ser minimizado ou mesmo cortado. Pequenos gastos do dia a dia que parecem ser inofensivos, como a compra de produtos descartáveis e materiais de escritório, não só podem como devem ser feitos com maior consciência.
Estimule os colaboradores a reduzirem o uso desses itens, não apenas pelas finanças corporativas, mas também pela preocupação ambiental! Alguns reparos e adaptações no espaço também podem ajudar a diminuir gastos com energia elétrica e água, por exemplo. São várias as possibilidades de reduzir despesas e concentrar os recursos no que realmente é preciso.
Aproveite para planejar o futuro
Depois de se organizar e definir tudo o que precisa ser feito, chega a hora de começar a planejar o futuro, os próximos passos que o negócio pode seguir. Esse planejamento servirá de motivação para fazer com que tudo volte a funcionar normalmente. Projeções estratégicas são capazes de fazer com que os esforços se concentrem na produtividade do negócio e com que os recursos sejam usados de maneira realmente eficiente.
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