Escolher uma aplicação financeira parece uma missão impossível. São diversos tipos diferentes, cada um com suas especificidades, taxas e cobranças. CDB, LCI, Tesouro Direto – parece uma sopa de letras. Para complicar, na hora que você opta por um, descobre que existem dezenas de opções diferentes.
No CDB, por exemplo, você precisa definir se quer um pré ou pós-fixado. No Tesouro Direto é pior ainda: você precisa escolher qual tipo de título (indexado ao IPCA ou à taxa Selic?), com vários vencimentos possíveis e ainda com a possibilidade de ter ou não pagamento de juros semestrais.
Então o que fazer? O correto é estudar as opções, entender qual se adequa mais ao seu perfil e tomar logo uma decisão. Mas com tantas e tantas opções e alternativas diferentes, é muito fácil deixar sempre esta tarefa para depois.
Quando isso acontece, no entanto, você virou vítima de um fenômeno chamado cegueira informacional. É como quando você abre o cardápio enorme de um restaurante e fica completamente zonza, sem saber se pede uma salada, uma massa ou uma carne. Como escolher a melhor opção?
O problema é que no restaurante você é forçada (pela fome ou pelo garçom!) a pedir logo um prato. Já o seu dinheiro não te pergunta se você já está pronta para aplicar o seu dinheiro ou se precisa de mais 5 minutinhos para escolher.
A cegueira informacional acontece quando você se sente tão atolada com a multiplicidade de opções existentes que acaba deixando a decisão para depois. Como seria bom se só existissem duas ou três opções diferentes de investimento, não? Escolher seria muito mais fácil neste caso.
Não tomar uma decisão na hora parece não ter nenhum problema – você deixa para olhar aquele material à noite ou no fim de semana. Só que com a procrastinação, o depois acaba virando nunca – e este é justamente o maior erro que você pode cometer quando quer investir o seu dinheiro.
A diferença de rendimento entre um CDB ou um título do Tesouro Direto é sempre marginal quando comparada com a opção de deixar o dinheiro parado na conta corrente. Com a inflação alta que vivemos atualmente, perdemos poder de compra muito rapidamente. A inflação é uma vilã invisível: você não sente os efeitos dela no curto prazo, mas ainda assim ela corrói o seu poder de compra. Se o seu dinheiro não está aplicado, você o perde e não percebe.
Por isso, chega de procrastinação! Para te ajudar a investir bem o seu dinheiro, você só precisa ficar atenta aos seguintes pontos:
- A liquidez da aplicação – isso representa em quanto tempo você pode ter o dinheiro de volta na sua conta se precisar dele. Evite então investir todo o seu dinheiro em uma aplicação de liquidez baixa, pois você pode não conseguir resgatar o dinheiro se precisar com urgência.
- As taxas e impostos cobrados – alguns investimentos não têm cobrança de IR, outros têm. Alguns não têm taxa de administração, outros sim. Verifique sempre os custos da aplicação.
- O perfil de risco – investir em ações é bem mais arriscado do que comprar um título do Tesouro Direto, por exemplo.
- O prazo do investimento – previdência privada, por exemplo, é para o longo prazo, e se você resgatar antes da hora pode ter uma cobrança altíssima de IR.
De olho nestes fatores, escolha uma aplicação e comece agora. Se deixar para depois, a inflação pode acabar destruindo o seu poder de compra sem você se dar conta.
Clozel Comunicação
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