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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Modalidade de negócio que divide espaço e custos ganha força em SC

"Coworking" já existe em Florianópolis, Itajaí, Brusque, Blumenau e Joinville.
Profissionais trabalham nos ambientes de forma amplamente colaborativa.


Dividir os custos de um escritório e compartilhar filosofias e experiências com profissionais de diferentes áreas são os principais atrativos dos espaços de coworking, que vem ganhando espaço nos últimos anos em Florianópolis, Itajaí, Brusque, Blumenau e Joinville.

As instalações reservam amplo espaço e decoração atrativa. Com opções para alugar salas, reservar mesas e garantir um ponto com conexão com a internet. O pagamento, geralmente, é feito por hora utilizada. Em geral, os locais procurados por pequenas empresas de tecnologia, profissionais autônomos e freelancers.

O custo para o empreendedor instalar uma sede passa por variações, pois depende da criação do ambiente, mobília e equipamentos. Ao traçar um comparativo entre ter um escritório próprio, de porte pequeno, os gastos com as despesas fixas e básicas é em média R$ 6 mil. Ao utilizar um coworking, o usuário pode ter acesso a pacotes que iniciam com ofertas gratuitas e opções de mensalidades que custam em média R$ 750.

Segundo o professor de design da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Salomão Ribas Gomez, a situação econômica favoreceu o crescimento deste nicho de mercado. “Como estamos passando por um período de crise, existe a preocupação com os recursos e até mesmo com o próximo”, explica.

São ambientes em que os profissionais trabalham de forma altamente colaborativa e que favorece a inovação"
Luiz Salomão Ribas Gomez/Professor
As novas modalidades de escritórios são tendências de negócio tanto para o empreendedor dono do estabelecimento, quanto para quem gosta de recintos criativos e cheios de entusiasmo. “São ambientes em que os profissionais trabalham de forma altamente colaborativa e que favorece a inovação”, disse.

Gomez explica que estes elementos são atrativos principalmente par o público de jovens catarinenses. “A estrutura criativa se forma com facilidade no estado de Santa Catarina, que concentra grandes universidades, diversão positiva e também tem boa aceitação para lidar com questões de diversidade”, afirma.

No entanto, o professor explica que por conta da dinâmica da economia colaborativa, os espaços tendem a passar por transformações. “Elas podem crescer e se tornar uma startup, por exemplo, ou até mesmo desaparecer, por ser adquirida por uma corporação ou passar por um processo de turnover, quando os espaços fecham as portas”, completa.

Coworking S7 foi inaugurado em 2015 em Florianópolis (Foto: Marcelo Neto/Arquivo pessoal)
Florianópolis
A história do S7, em Florianópolis, se confunde com a do fundador. O empresário e filósofo Marcelo Neto, de 38 anos, aproveitou o período sabático para investir no coworking. Inaugurado em 2015, o projeto trabalha para manter o plano de investimento previsto mesmo diante do contexto econômico que enfrenta o país.

“Em períodos de crise, o S7 concorda com quem resolve migrar das salas comerciais, naturalmente provocando uma economia expressiva, mas também impulsiona os negócios de quem costuma preferir o home office, que por norma trabalha em isolamento, logo com contatos mais restritos”, disse Neto.

Prime Coworking apresenta um perfil para executivos com salas corporativas  (Foto: Prime Coworking/ Divulgação)
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/sc-que-da-certo/noticiamodalidade-de-negocio-que-divide-espaco-e-custos-ganha-forca

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