segunda-feira, 11 de maio de 2015

Gestão da inovação em pequenas e médias empresas

Uma nação é forte quando tem um grande número de pequenas e médias empresas permeando todos os setores produtivos e difundidas em todos os segmentos da economia e regiões. A estratégia de inovação via agregação de novos processos e padrões tecnológicos e a busca de maior flexibilidade constituem caminho alternativo adotado para as pequenas e médias empresas se inserirem competitivamente num processo de demandas mutantes, instáveis e diferenciadas (CARON, 2004).

Dessa forma a revolução tecnológica irá significar a oportunidade de sobrevivência, crescimento e transformação dessas organizações ao invés da idéia de falência das pequenas e médias empresas.

Inovação é uma combinação de necessidades sociais e de demandas do mercado com os meios científicos e tecnológicos para resolvê-las. A inovação tecnológica é entendida como a transformação do conhecimento em produtos, processos e serviços que possam ser colocados no mercado.

Apesar da significativa participação da pequena empresa na economia brasileira, aparentemente, ainda apresentam uma baixa capacidade de inovar e competir no mercado globalizado. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), aponta que apenas 10% das empresas brasileiras de pequeno porte realizam pesquisas sobre as expectativas do consumidor. Essa situação compromete o processo da introdução da inovação e a própria competitividade.

A INOVAÇÃO E AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

As MPE são empresas com pequeno capital, ou seja, são unidades produtivas sem expressiva acumulação de capital, moldadas a partir das particularidades do ambiente competitivo onde se inserem. 
 
Pequenas e médias empresas brasileiras sabem que inovar é imprescindível para seu funcionamento e permanência no mercado. Isso é o que mostra o resultado da pesquisa do Comitê Inovação nas Pequenas e Médias Empresas (PME) da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei).

De acordo com a pesquisa, é o mercado dinâmico e competitivo que impulsiona as empresas a investir em inovação. Uma inovação bem sucedida pode representar melhor posicionamento no mercado (ou em alguns casos a liderança) e até mesmo a sobrevivência de uma empresa. As PME inovam principalmente para aumentar a eficiência e produtividade, por conta das oportunidades de mercado e para reagir à concorrência. A busca por maior lucratividade e a exigência dos clientes também estão entre os fatores que motivam a inovação.

Para o diretor da Anpei Martin Izarra, um dos pontos positivos evidenciados pela pesquisa é a forma como os entrevistados percebem a inovação. Ela é retratada pelas empresas como o desenvolvimento de novos produtos ou melhoria dos existentes. A inovação é apontada também como a adoção de novos processos. Isso é um bom sinal, visto que anteriormente eram consideradas inovações apenas as aquisições e melhorias de maquinário.

As pequenas empresas são responsáveis por uma parcela significativa dos empregos formais e não têm a existência de vários níveis hierárquicos – uma das características que atualmente estão sendo modificadas nas grandes empresas. Este contexto de mudanças que as grandes empresas estão enfrentando pode levar à criação de novas oportunidades de atuação para as pequenas. Mas, por outro lado, estas apresentam algumas dificuldades específicas para introduzirem inovações que lhes são exigidas pelo mercado.

Em geral, o pequeno empresário não tem uma carteira de projetos, produtos ou processos para escolher. A pequena empresa tem apenas uma aposta e, portanto, seu risco é muito maior. Essa é a característica marcante da gestão da inovação na pequena empresa.

Dificuldades para inovar

Segundo Caron, as principais dificuldades enfrentadas pelas pequenas e médias empresas para inovar são, em ordem de importância, a falta de:
 
- recursos para investir em inovação;

- acesso a financiamento para inovação;

- informações sobre entidades de apoio à inovação tecnológica;

- pessoal capacitado;

- máquinas e equipamentos;

- informações sobre mudanças tecnológicas;

- confiança em parcerias e alianças para inovação tecnológica;

- informações sobre mercados.

Outras dificuldades que também podem ser apontadas são a alta burocracia e a falta de pessoal capacitado. Além disso, de acordo com Izarra, 47% das PME altamente inovadoras desconhecem os incentivos à inovação.

Para sanar ou diminuir alguns destes problemas, o governo Brasileiro tem criado incentivos às pequenas empresas, estimulando a cooperação entre empresas e principalmente com as instituições de ensino ou centros de pesquisa. Uma lei criada é a Lei Geral das micro e pequenas empresas, que determina que elas recebam 20% de tudo o que for destinado pelo setor público para ciência, tecnologia e inovação. Para reverter o quadro de desconhecimento é também de grande importância a promoção de iniciativas locais, como incentivos fiscais.

As políticas desenvolvidas pelos governos e empresariado locais, como incentivos fiscais, programas especiais para grupos minoritários, incentivos a jovens empreendedores, estímulo a linhas de crédito, entre outros podem, e muito, estimular o crescimento e adoção de projetos inovadores por essas empresas

http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/420

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